segunda-feira, 10 de março de 2008

A dosagem do PTH (hormônio paratormônio) ajuda o especialista a identificar possíveis falhas no tratamento cirúrgico do hiperparatireoidismo
O hiperparatireoidismo é uma doença causada pelo excesso de funcionamento das paratireóides, responsáveis pelo metabolismo do cálcio. "A doença age nos ossos, nos rins e indiretamente no intestino delgado", explica o especialista em cirurgia de cabeça e pescoço André Póvoa, do Hospital Dr. JK, em Brasília. As paratireóides são quatro glândulas pequenas, localizadas no pescoço - próximas à tireóide - e produzem o hormônio paratormônio (PTH). Com o aumento da produção do PTH, ocorre o acréscimo de cálcio no sangue e na urina, provocando a conseqüente diminuição da substância nos ossos.
A doença é predominante em mulheres na pós-menopausa, embora possa ocorrer em qualquer idade e em ambos os sexos. "O diagnóstico é feito através da dosagem rotineira de cálcio no sangue e, portanto, não apresenta sintomas específicos", conta Dr. André. O tratamento é realizado através de cirurgia, onde é feita a identificação e a retirada da glândula doente. "O procedimento é delicado devido à localização das glândulas. A cirurgia exige exploração bilateral de toda a área envolvida - região do pescoço", detalha o especialista.

Tecnologia - Para abreviar o ato cirúrgico e diminuir o risco de complicações, foi desenvolvida uma técnica que informa ao especialista, durante o ato cirúrgico, se o tecido hiperfuncionante foi totalmente removido. Trata-se da dosagem do paratormônio intra-operatório (PTH-IO). "Através da interpretação dos níveis de PTH logo após a retirada da glândula doente, é possível que o cirurgião perceba a tempo se há alguma falha no processo", diz Dr. André. Segundo o médico, após a implementação da dosagem de PTH-IO durante o ato cirúrgico, o índice de insucesso caiu de 6% para 1,5%. O Hospital Dr. JK será o primeiro da capital federal a disponibilizar o recurso. O equipamento chega à instituição em março.Carla

Serviço:
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