segunda-feira, 5 de julho de 2010

Mulheres no campo de batalha diário





A luta das mulheres no mercado de trabalho começou principalmente durante a Primeira e Segunda Guerra Mundial, onde se viram obrigadas a cuidar da família e administrar o lar, enquanto seus maridos iam para a frente de batalha ou, quando voltavam da guerra, estavam impossibilitados de reingressar ao trabalho.

A partir dos anos 70, as brasileiras ampliaram as funções. Agora além de mães, donas de casa e esposas, ocupam espaço no mercado de trabalho. Embora, naquela época, não foram muito aceitas pela sociedade machista, tentaram e lutaram para conquistar o seu lugar e valor merecidamente. E a empreitada continua...

Infelizmente, ainda no século XXI, a maioria dos homens não conseguiram aceitar essa “(re)evolução”. Para o psicólogo especialista e autor de vários livros sobre relacionamentos, o doutor Silmar Coelho, alguns homens são preconceituosos.

“Outros são vaidosos demais para admitir que a esposa seja mais competente e pode ganhar mais do que ele. Ainda outros analisam o custo de trabalhar fora e concluem que não vale à pena. A lista de custo é longa. Mas esse quadro está mudando. Já existem maridos que ficam em casa e fazem as tarefas domésticas enquanto a esposa trabalha”, relata Coelho.


A guerra para ocupar altos cargos e altos salários ou haver uma harmonia salarial entre homens e mulheres que ocupam a mesma função segue na lista de prioridade feminina.

“Ainda vivemos em uma sociedade onde a liderança masculina é ligada a postos e valores monetários e não à hombridade, caráter e valores morais. O verdadeiro líder é aquele que leva sua esposa e filhos a se tornarem maiores do que ele, não quem, por medo da concorrência, tenta anular a sua mulher”, afirma Coelho.

Há mulheres, acima dos 30 anos, com uma brilhante bagagem curricular, independentes e financeiramente estáveis que ainda não constituíram uma família; algumas por opção e outras por mero machismo. Segundo o psicólogo, essa liderança não deveria assustar os homens.

No entanto, “alguns homens são inseguros. Querem criar a mulher em uma gaiola ou cortar as suas asas para impeli-la de voar. Querem que ela cante somente para ele. Eles não entendem que serão muito mais felizes quando a sua esposa for plenamente livre para fazer as suas próprias escolhas. Só sendo inteiramente livre, ela poderá cantar o seu canto mais glorioso e lindo para fazer o seu homem mais feliz”, explica Coelho.

O final do século XX e o início do XXI foram e serão os grandes passos e a chance do homem e da mulher compartilhar as tarefas. Afinal, “quem não se adaptar vai sofrer as consequências. Masculinidade e feminilidade não estão ligadas a posição hierárquica ou financeira, mas a espírito saudável, confiante e amoroso”, finaliza Coelho.



Fone:(21) 2443-2071.

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