segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Os alimentos e o verão

No verão o ideal é priorizar o consumo das frutas in natura
As altas temperaturas do verão são ideais para tomar banho de sol, aproveitar a praia e divertir-se muito. Mas alguns microorganismos também preferem as altas temperaturas para multiplicar-se e muitos deles, se ingeridos, podem causar doenças. “Com o calor excessivo, é mais fácil acontecer a proliferação de alguns microorganismos em alimentos perecíveis expostos à temperatura ambiente”, alerta Aniele Graciano dos Santos, nutricionista da Baby SIN – Sistema Inteligente de Nutrição.


Para prevenir doenças e intoxicações alimentares, o cuidado com o armazenamento dos alimentos deve ser redobrado no verão. O ideal é manter os alimentos perecíveis em refrigeração e congelamento. “Normalmente, as próprias embalagens trazem a melhor forma de conservação após aberto e as refeições feitas em casa devem ser consumidas em, no máximo, 24 horas sem que fiquem expostas à temperatura ambiente por mais de duas horas”, orienta a nutricionista.


No litoral, é comum as pessoas passarem o dia inteiro na praia e levarem o seu piquenique para substituir as refeições. Nesses casos, o ideal é ter sempre à mão uma caixa térmica com muito gelo, para manter os alimentos refrigerados durante o dia e evitar a intoxicação. “Se a pessoa comer alimentos vendidos na praia, é sempre melhor escolher aqueles que têm embalagem indicando a validade do produto. Para alimentos que não têm essa possibilidade, opte por comer em locais mais limpos e onde o armazenamento é bem feito”, salienta a especialista.


De forma geral, o verão é tempo para comer alimentos mais leves e com baixa caloria, como frutas fescas,saladas de verduras e legumes, e também é melhor preferir as carnes magras, pois são de fácil digestão. É preciso ingerir mais líquidos e minerais pelo consumo de água, sucos e frutas, já que a perda e desidratação aumentam com o calor. “E a ingestão de sal, principalmente no verão, deve ser controlada para evitar a retenção de líquidos e um conseqüente inchaço”, ressalta a nutricionista.


CongelamentoO congelamento é um sistema eficiente de conservação em todas as estações do ano, pois não altera as características dos alimentos, conservando o seu sabor, coloração e propriedades nutritivas. “As baixas temperaturas inibem o desenvolvimento de microorganismos e reduzem o processo de deterioração”, explica Aniele.


Para aproveitar as vantagens dessa forma de conservação, alguns cuidados devem ser tomados na hora de congelar e descongelar alimentos:


- Alimentos prontos devem ser congelados logo após a compra;


- Alimentos que serão congelados depois de preparados devem ser levemente temperados e cozidos apenas o mínimo possível, pois o congelamento os amacia e acentua os temperos;


- Alimentos preparados devem ser resfriados rapidamente após o cozimento para manter as propriedades e reduzir a proliferação de microorganismos;


- Descongelar alimentos dentro da geladeira evita a perda de nutrientes;


- Os alimentos só devem ser retirados do congelador antes de sua utilização e podem ser consumidos até 24 horas após o descongelamento;


-Em casos de frutos-do-mar o tempo máximo para ingestão depois do descongelamento é de até 12 horas;


- O alimento descongelado não deve ficar exposto a temperatura ambiente por mais de 2 horas;


- Depois de descongelado, o alimento não pode voltar ao congelador, exceto no caso de produtos crus que foram preparados.

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