sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Dia mundial da doença de Alzheimer







Infelizmente próxima segunda-feira (21) é o dia Mundial da doença de Alzheimer, doença genética, degenerativa e progressiva, que afeta, principalmente, a memória da pessoa idosa.

Entre a enorme lista de doenças que atingem os idosos, a de Alzheimer pode ser facilmente apontada como a mais presente e a de maior crescimento. Para se ter uma ideia, apenas no Brasil, estima-se que mais de um milhão de pessoas sofram dela e, em todo mundo, os números ultrapassam a casa de 26 milhões.

Essa proporção dobra a cada cinco anos. Por isso, hoje ela já pode ser considerada um problema de saúde pública, pois 50% daqueles que passaram dos 85 anos apresentam características relevantes da doença. “A idade é o maior fator de risco para a doença, pois quanto mais idade maior o risco. Mais mulheres do que homens têm a doença de Alzheimer.

Porém, como a expectativa de vida das mulheres é pelo menos cinco anos superior a dos homens, não se sabe se o risco está no sexo em si ou no fato das mulheres viverem mais do que os homens”, diz Alexandre de Mattos, presidente da regional pernambucana da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia.

A grande arma no enfrentamento dessa doença é, sobretudo, a informação associada à solidariedade. À medida que os familiares conhecem melhor a doença e sua provável evolução, vários recursos e estratégias podem ser utilizadas com sucesso. “É fundamental que os familiares saibam que sempre há algo a fazer, sempre é possível melhorar a qualidade de vida dos pacientes e de seus familiares”, pontua Mattos.







O que é a doença de Alzheimer?


A doença de Alzheimer (DA) é uma enfermidade progressiva, de causa ainda desconhecida que acomete preferencialmente as pessoas idosas. Estima-se que, nos EUA existam cerca de quatro milhões de pacientes e, no Brasil, pelo menos um milhão. Foi descrita pela primeira vez pelo médico Alois Alzheimer, em 1907. Essa doença é erroneamente conhecida pela população como "esclerose" ou caduquice. É uma forma de demência cuja causa não se relaciona com a circulação ou com a aterosclerose, sendo devida à morte das células cerebrais responsáveis pela liberação de um neurotransmissor, a acetilcolina, que está estreitamente ligada a processos da memória, raciocínio lógico, julgamento, linguagem e também comportamento e capacidade da pessoa se orientar no tempo e no espaço.


Quais são os sintomas?


No começo são os pequenos esquecimentos, normalmente aceitos pelos familiares como parte do processo normal de envelhecimento, que vão se agravando gradualmente. Os pacientes tornam-se confusos e, por vezes, agressivos. Passam a apresentar alteração da personalidade com distúrbios de conduta e terminam por não reconhecer os próprios familiares e até a si mesmos, quando colocados frente a um espelho. À medida que a doença evolui, tornam-se cada vez mais dependentes de terceiros, iniciam-se as dificuldades de locomoção, a comunicação se inviabiliza e passam a necessitar de cuidados e supervisão integral, até mesmo para as atividades elementares do cotidiano como alimentação, higiene, vestimenta, entre outros.


Qual a causa da doença de Alzheimer ?

A causa da doença de Alzheimer ainda não é conhecida. Existem várias teorias, porém, de concreto aceita-se que seja uma doença geneticamente determinada, não necessariamente hereditária (transmissão entre familiares).


Como é feito o diagnóstico?

Não há um teste específico que estabeleça de modo inquestionável a doença. O diagnóstico definitivo da DA só pode ser feito por exame do tecido cerebral obtido por biópsia ou necropsia. Deste modo, o diagnostico de provável DA é feito excluindo outras causas de demência pela história (depressão, perda de memória associada à idade), exames de sangue (hipotireoidismo, deficiência de vitamina b), tomografia computadorizada ou ressonância magnética cerebral (múltiplos infartos, hidrocefalia) e outros exames. Existem alguns marcadores, geralmente identificados a partir de exame de sangue, como a apolipoproteina E (APOE), cujos resultados podem mostrar chance aumentada de DA e são úteis em pesquisa, mas não servem para diagnóstico individual. É claro que isso não impede que marcadores mais sensíveis venham a surgir no futuro.


Como é feito o tratamento?


O tratamento da DA tem dois aspectos: um não específico, por exemplo, de alterações de comportamento como agitação e agressividade, de humor como depressão, que não deve ser feito apenas com medicação, mas também com orientação por diferentes profissionais da saúde. O tratamento específico é feito com medicamentos que podem corrigir o desequilíbrio químico no cérebro como a Rivastigmina, a Tacrina, o Donepezil e a Galantamina. Esse tratamento funciona melhor na fase inicial da doença e o efeito é temporário, pois a DA continua progredindo.



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