Atenta à reintegração e promoção da auto-estima de mulheres carentes que foram mastectomizadas ou são portadoras de câncer de mama, a Associação Pernambucana dos Amigos do Peito (APEAPE) promove, na quarta-feira (27), uma mas uma edição do “Dia da Cultura da APEAPE”. A programação inclui uma visita ao Museu do Estado de Pernambuco (MEPE) (foto), onde as pacientes vão conferir a Mostra Itinerante da Bienal de São Paulo. O projeto “Dia da Cultura da APEAPE” envolve visitas periódicas aos principais pontos turísticos e culturais do Recife, com a finalidade de oferecer lazer e cultura a mulheres que sofrem com o estigma da doença e de seu tratamento.
Segundo Margot Monteiro presidente da APEAPE essas visitas têm melhorado muito o ânimo das pacientes no tratamento."Essas mulheres se sentem valorizadas,inseridas na sociedade e com forças para combater a doenças" diz Margot Monteiro.Sob o seu comando e de um dos maiores especialistas em mastologia /oncoplástica do mundo, Antônio “Tota” Figueira Filho, a APEAPE é uma entidade sem fins lucrativos ligada à disciplina de Mastologia da Universidade de Pernambuco (UPE). Seu objetivo primordial é oferecer melhor qualidade de vida e de atendimento aos pacientes com câncer de mama.A entidade conta com uma equipe multidisciplinar formada por oito mastologistas, um oncomastologista, uma psicóloga, além de enfermeiras.“Esses profissionais são imprescindíveis, pois o trauma psicológico de quem perde a mama é igual a perder um ente querido”, explica o doutor “Tota” Figueira Filho. “O nosso objetivo é que as pacientes se recuperem da doença não só fisicamente, mas também psicologicamente", esclarece o especialista.
A doença- Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OSM) uma da principais causas de óbito feminino, o câncer de mama tem cura. Quando detectado no início, o índice de sucesso com o tratamento é superior a 90%.Para se ter uma ideia só em 2010 devem ser registrados cerca de 50 mil novos casos da doença no país.
Ao primeiro sinal de incômodo ou caroço, as mulheres devem procurar um médico imediatamente. Segundo Figueira Filho, a idade e hereditariedade são fatores de risco. “Se a paciente tiver familiares próximos, como mãe, irmãs ou tias, portadoras de câncer, deve fazer a mamografia antes dos 30 anos”. O ultrassom mamário é aconselhável para todas as mulheres, a partir dos 25 anos e, após os 40, a mamografia deve ser feita regularmente.
As mulheres também devem fazer o auto-exame todo mês, pois é uma forma eficaz de descobrir a doença no início. “O toque de mama é recomendado no quinto dia da menstruação e, para as mulheres que não têm útero, indica-se o dia do aniversário de cada mês como lembrete”, orienta Figueira.
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