O sucesso da exposição e do lançamento do catálogo Narrativas em madeira e muro: Presença da xilogravura popular, publicação com distribuição gratuita e assinatura editorial dos jornalistas Marco Polo e Adriana Dória Matos, levou a Fundarpe a estender a mostra até o dia 15 de fevereiro, no Museu do Estado de Pernambuco. A edição 2008/2009 do 47º Salão de Artes Plásticas de Pernambuco reúne desde o dia 26 de novembro, de forma inédita, as obras do gravador Gilvan Samico e do grafiteiro Derlon Almeida, que se identificam esteticamente, mas se diferenciam na técnica de criação. Portanto, quem ainda não teve a oportunidade de conferir, tem mais um mês para programar a visita.
A mostra traz a proposta de observar a presença da xilogravura popular nas obras desses dois artistas pernambucanos, apontando as aproximações que se estabelecem entre trabalhos de diferentes épocas e produzidos em diferentes suportes. Ao destacar a presença da xilogravura popular em obras tão díspares quanto as de Gilvan Samico e Derlon Almeida, o Salão também homenageia a riquíssima contribuição da gravura popular à arte e à literatura brasileira.
Sobre os expositores:
Gilvan Samico
Conhecido por uma trajetória artística que é desde o início marcada pela produção de gravuras em madeira, obra que foi ao longo do tempo sendo depurada em linguagem própria, trazendo contribuição original ao acervo de gravuras do Brasil.
Tendo iniciado sua carreira de gravador nos anos 1950 com os mestres Lívio Abramo e Oswaldo Goeldi, que muito o influenciaram, na década seguinte, sobretudo entre os anos 1960 e 1966, Gilvan Samico passou a dialogar mais explicitamente com a tradição da gravura nordestina, desenvolvendo então um acervo de obras em que se percebe a influência da xilogravura que servia muitas vezes como ilustração à literatura de cordel, caracterizada pelo traço simples – impresso em preto-e-branco ou em cartela reduzida de cores – e por temáticas do cotidiano e do imaginário peculiar à cultura local.
É justamente a partir do olhar sobre este período da produção do artista, composto por não mais que três dezenas de obras, que a mostra Narrativas em madeira e muro – Presença da xilogravura popular nas obras de Samico e Derlon busca o encontro entre a obra consagrada de Samico e a produção do jovem artista Derlon Almeida.
Assim como ocorreu a Gilvan Samico nos anos 1960, a xilogravura popular nordestina despertou o interesse de Derlon, que nos últimos quatro anos vem espalhando pelos muros do Recife – e também em cidades como Garanhuns (PE) e Marselha (FR) – variados grafites em que se percebe a influência dessa tradição.
Derlon Almeida
Desenvolve técnicas em que o traço esfumaçado e a profusão de cores, que notabilizam o grafite urbano, dão lugar a contornos firmes e economia nas cores. O artista insere na cultura jovem e urbana do grafite referências da tradição, sugerindo temáticas que se distanciam das propostas pelo hip hop, matriz do grafite local, contando histórias de homens e bichos aos que passam pelas ruas aos mais variados destinos.
Serviço:
Narrativas em madeira e muro: Presença da xilogravura popular nas obras de Gilvan Samico e Derlon
Quando: até 15 de fevereiro
Horário de visitação:
Terça a sexta, das 9h às 17h
Sábado e domingo, das 14h às 17h
Local: Museu do Estado de Pernambuco
Av. Rui Barbosa, 960.
Graças - Recife - PE
Informações: (81) 3426-5943
A mostra traz a proposta de observar a presença da xilogravura popular nas obras desses dois artistas pernambucanos, apontando as aproximações que se estabelecem entre trabalhos de diferentes épocas e produzidos em diferentes suportes. Ao destacar a presença da xilogravura popular em obras tão díspares quanto as de Gilvan Samico e Derlon Almeida, o Salão também homenageia a riquíssima contribuição da gravura popular à arte e à literatura brasileira.
Sobre os expositores:
Gilvan Samico
Conhecido por uma trajetória artística que é desde o início marcada pela produção de gravuras em madeira, obra que foi ao longo do tempo sendo depurada em linguagem própria, trazendo contribuição original ao acervo de gravuras do Brasil.
Tendo iniciado sua carreira de gravador nos anos 1950 com os mestres Lívio Abramo e Oswaldo Goeldi, que muito o influenciaram, na década seguinte, sobretudo entre os anos 1960 e 1966, Gilvan Samico passou a dialogar mais explicitamente com a tradição da gravura nordestina, desenvolvendo então um acervo de obras em que se percebe a influência da xilogravura que servia muitas vezes como ilustração à literatura de cordel, caracterizada pelo traço simples – impresso em preto-e-branco ou em cartela reduzida de cores – e por temáticas do cotidiano e do imaginário peculiar à cultura local.
É justamente a partir do olhar sobre este período da produção do artista, composto por não mais que três dezenas de obras, que a mostra Narrativas em madeira e muro – Presença da xilogravura popular nas obras de Samico e Derlon busca o encontro entre a obra consagrada de Samico e a produção do jovem artista Derlon Almeida.
Assim como ocorreu a Gilvan Samico nos anos 1960, a xilogravura popular nordestina despertou o interesse de Derlon, que nos últimos quatro anos vem espalhando pelos muros do Recife – e também em cidades como Garanhuns (PE) e Marselha (FR) – variados grafites em que se percebe a influência dessa tradição.
Derlon Almeida
Desenvolve técnicas em que o traço esfumaçado e a profusão de cores, que notabilizam o grafite urbano, dão lugar a contornos firmes e economia nas cores. O artista insere na cultura jovem e urbana do grafite referências da tradição, sugerindo temáticas que se distanciam das propostas pelo hip hop, matriz do grafite local, contando histórias de homens e bichos aos que passam pelas ruas aos mais variados destinos.
Serviço:
Narrativas em madeira e muro: Presença da xilogravura popular nas obras de Gilvan Samico e Derlon
Quando: até 15 de fevereiro
Horário de visitação:
Terça a sexta, das 9h às 17h
Sábado e domingo, das 14h às 17h
Local: Museu do Estado de Pernambuco
Av. Rui Barbosa, 960.
Graças - Recife - PE
Informações: (81) 3426-5943