terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Volta às aulas: é tempo de atualizar a carteira de vacinação da garotada

Os pais devem ficar atentos na carteira de vacinação dos filhos
A compra do material escolar não deve ser a única preocupação dos pais nesse período que antecede a volta às aulas. É hora também para os pais colocarem em dia a carteira de vacinação de seus filhos. Em creches, pré-escolas e escolas, a garotada fica aglomerada em salas fechadas, o que facilita a transmissão de doenças infecto-contagiosas. Para crianças entre 4 e seis anos, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda a segunda dose de reforço de vacinas contra difteria, tétano, coqueluche e poliomielite.


Apesar de recomendado pela SBP e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), o segundo reforço para coqueluche só foi incluído calendário de vacinação de todos os estados brasileiros há dois anos, embora já fosse oferecido na rede pública de alguns estados, como São Paulo e Santa Catarina. “Por isso, há crianças e adolescentes, que não receberam o reforço e precisam ser protegidas”, lembra o médico Aroldo Prohmann de Carvalho, professor-adjunto de Pediatria da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI).


Membro do Conselho Científico do Departamento de Infectologia da SBP, o médico catarinense explica que vacinar a criança contra as doenças infecto-contagiosas é proteger toda a família. É comum uma criança pegar uma doença na escola e contaminar seus familiares, principalmente os bebês até seis meses.

“As vacinas contra tétano, poliomielite, difteria e coqueluche precisam de três doses para imunizar completamente a criança. E a última dose é dada aos seis meses. Antes disso, o bebê corre o risco de ser contaminado, mesmo tendo recebido até duas doses da vacina”, complementa.

A pediatra Lucia Bricks, gerente-médica da Sanofi, divisão de vacinas do grupo Sanofi-Aventis, lembra que, quando a criança começa a freqüentar a escola, muitos pais tendem a se descuidar da vacinação. “Alguns perdem o segundo reforço que, na rede pública, é dado até os sete anos de idade”, adverte a médica, que coordena o Programa Atualização em Pediatria da Sociedade Brasileira de Pediatria.


VACINAS

Para proteger as crianças e facilitar a atualização do calendário vacinal, a Sanofi Pasteur acabou de lançar a única vacina combinada capaz de oferecer, com uma só dose, o segundo reforço adequado contra difteria, tétano, coqueluche e poliomielite para crianças de cinco a 13 anos. É a vacina internacionalmente conhecida como Tetraxim.


“Ela é uma proposta conveniente de reforço porque oferece proteção contra essas quatro doenças de uma vez”, afirma a pediatra e infectologista Luíza Helena Falleiros, do Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria. Desenvolvida com tecnologia de ponta, a nova vacina já vem pronta para uso – 100% líquida na seringa, o que facilita a administração.

Graças a uma sofisticada técnica de purificação, o componente contra coqueluche da nova vacina da Sanofi Pasteur causa menos reações adversas do que a vacina tríplice bacteriana, oferecida nos postos de saúde. Entre essas reações estão a inflamação no local da aplicação, a febre entre 39 e 40o C que atinge metade das crianças e convulsões.


A tríplice bacteriana oferecida na rede pública é produzida com células inteiras. Já o componente contra coqueluche da vacina da Sanofi Pasteur usa apenas fragmentos da bactéria causadora da doença, a Bordetella pertussis, que estimulam a produção de anticorpos. Os elementos geradores das reações adversas são descartados.

Nenhum comentário: