segunda-feira, 8 de abril de 2013

Projeto leva para sala de aula o misterioso mundo das lendas urbanas



O Madame Excêntrica adora divulgar ações interessantes e envolvam educação.E ao ver uma abordagem lúdica e cheias de atividades para manter viva as lendas urbanas de pernambuco o espaço foi mais que garantido.



Comadre Fulozinha, A loira da CTTU, Praça chora menino, A menina sem nome, Perna cabeluda.Quem é do Recife e tem mais de trinta anos lembra bem dessas histórias e o medo em torno de cada uma delas. Para resgatar as lendas urbanas do Estado e preservar a memória junto à nova geração de pequenos pernambucanos, a Bersato produz de 09 de abril a 30 de setembro, em escolas municipais do Recife, Olinda e Jaboatão, o projeto Vivendo e Revivendo as Lendas de Pernambuco”.Achei a iniciativa super legal,pois proporciona a oportunidade de crianças,não só Recife,mas as vindas de outras cidades ou estados, que estudam nas escolas das  cidades contempladas pelo projeto de conhecerem as lendas e todo os seus mistérios

 A primeira turma começa no dia 09 de abril, na Escola Municipal de Santo Amaro. Eulina Fraga, também parceira da ação e docente nesta oficina, acredita que a leitura é uma maneira de estimular a mente da criança, pois amplia o vocabulário, melhora a escrita e compreensão dos textos, desenvolve a fala, além do senso crítico, como também aumenta a rapidez da leitura e o conhecimento.De acordo com a coordenadora e professora do projeto, Shirley Rodrigues,serão realizadas três oficinas de leitura e escrita sobre as lendas urbanas com os alunos da 4º serie do ensino fundamental.


Para trabalhar as lendas de forma dinâmica com crianças entre 09 e 11 anos e prender a atenção de cada uma, serão exibidos filmes tanto de curta como de longa metragem e leituras dramatizadas para formar verdadeiros contadores de história. Os alunos terão acesso também ao livro “Assombrações do Recife Velho”, escrito por Gilberto Freyre. “Durante a oficina iremos visitar os locais mais assombrados do Recife, como os velhos casarões do bairro de Santo Antônio. O lugar ficou conhecido pelo caso da Emparedada da Rua Nova. No século 19 uma jovem mulher da sociedade pernambucana teria sido enterrada viva pelo amante entre duas paredes de sua casa. Até hoje ninguém sabe se é mito ou verdade”, conta a professora Eulina. A história ficou envolta de mistérios após relatos de moradores que dizem ouvir a voz de uma mulher pedindo socorro quando passam a noite ao lado do casarão onde supostamente a moça foi emparedada.

“Ouvir e ler histórias é entrar em um mundo encantado e sobrenatural, cheio de mistérios e surpresas, que ao mesmo tempo ensina e diverte. É por meio da relação lúdica e prazerosa da criança com a obra literária que formaremos novos leitores”, afirma a coordenadora Shirley. O projeto “Vivendo e Revivendo as Lendas de Pernambuco” surgiu para despertar nos alunos o interesse por essas histórias e assim valorizar a identidade cultural do Estado. “Hoje, infelizmente entre os nossos jovens e crianças essas lendas caem no esquecimento devido à violência tão presente nas comunidades”, avalia.

Segundo, o diretor de produção da Bersato, Saturnino de Araújo, esse tipo de trabalho é um incentivo a preservação da cultura popular através da educação. “Nós formatamos projetos em diversos gêneros artísticos e culturais a fim de divulgar a cultura do Estado por todo país e também internacionalmente”, explica.

Ao final do curso, os alunos farão textos a partir das lendas já existentes e contarão as histórias escritas num concurso realizado pelas professoras da oficina. A segunda etapa do projeto acontecerá na Escola Educandário Santa Tereza, em Olinda, logo no inicio de junho. Já a última, ocorre de setembro a outubro, na Escola Medalha Milagrosa, Jaboatão dos Guararapes.


Lenda Urbana - Como histórias fantasiosas criadas a partir de fatos reais, as lendas urbanas causam medo, surpresa e terror nas pessoas. Uma das narrativas mais conhecidas em Pernambuco é “A menina sem nome”. Há aproximadamente 43 anos, uma criança foi encontrada morta em uma praia do Recife. Na época, os jornais relataram o fato, mas ninguém sabia o nome da menina. Ela foi enterrada como indigente e depois de dois anos, quando foram retirar a ossada, o corpo permanecia intacto. Hoje, a população presta devoção a menina por considerá-la uma santa que realiza pedidos.











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