terça-feira, 29 de setembro de 2009

SINDROME DO RESPIRADOR BUCAL ATINGE 40% DAS CRIANÇAS


Quando o médico detecta, por meio de exames, que a criança tem a Síndrome do Respirador Bucal, muitos pais se assustam com o nome, e subtendem que é uma patologia extremamente rara entre as crianças. Mas ao contrário do que se pensa a Síndrome do Respirador Bucal é bastante comum entre as crianças, tanto é que somente no Brasil pesquisas apontam que 40% das crianças que respiram pela boca, apresentam a “Síndrome do Respirador Bucal”. De acordo com a fonoaudióloga, da Clínica de Reabilitação Corpo em Terapia, Dra. Maryene Tenório, os sinais e sintomas mais comuns da Síndrome do Respirador Bucal são as narinas entupidas, desconforto na garganta e voz anasalada.


Segundo a fonoaudióloga Dra. Maryene Tenório, um dos fatores que causam na criança a Síndrome do Respirador Bucal, é o uso por tempo prolongado de bicos artificiais, a exemplo de mamadeiras e chupetas. Além da utilização por um longo período dos bicos artificiais, outro fator acelerador da SRB é a poluição nas grandes cidades por meio de agentes poluentes, como fumaças de carros, poeira e agentes químicos. “Todos estes fatores fazem com que os tecidos de proteção da respiração, como adenóides, amigdalas, cornetos nasais aumentem de tamanho, mas esse aumento acarreta uma maior dificuldade em se respirar pelo nariz, e como conseqüência a criança começa a abrir a boca para conseguir respirar”, explica a fonoaudióloga da Clínica de Reabilitação Corpo em Terapia, Dra. Maryene Tenório.


Conseqüências - Dra. Maryene Tenório explica que ao longo do tempo, o hábito de respirar pela boca causa na criança flacidez dos músculos faciais, lábios e língua, alterações na postura corporal, deformidades faciais, insuficiência respiratória, má oclusão dentária, cansaço freqüente, boca seca, mau hálito, falta de apetite e noites mal dormidas. A fonoaudióloga ainda acrescenta que quem respira de forma incorreta tem uma postura caracterizada por ombros caídos, pés chatos, joelhos projetados para trás e uma retificação da região cervical (cabeça, ombros e braços deslocados para frente). "A correção é feita através de exercícios respiratórios, fortalecimento dos grupos musculares mais fracos e alongamentos, entre outros recursos", diz.


Devido a flacidez na boca e língua, o processo de mastigação e deglutição ficam comprometidos. Tudo isso acarreta na criança uma alimentação inadequada, já que a mesma fica impedida de triturar a comida e respirar ao mesmo tempo. “Geralmente as crianças como SRO comem rápido, mastigam pouco, utilizam líquido para auxiliar na hora de engolir e tende a preferir alimentos pastosos”, revela a fonoaudióloga Dra. Maryene Tenório. Além de apresentar dificuldade na alimentação às crianças com SRO são prejudicados na fala, sono e tendem a ter dificuldade em se concentrar. "Estudos ainda apontam uma menor oxigenação cerebral quando se respira pela boca, o que prejudica o aprendizado", completa a fonoaudióloga, Dra. Maryene Tenório.


A dica da fonoaudióloga, Dra. Maryene Tenório, para tratar a Síndrome do Respirador Oral, é quando desconfiar do constante “congestionamento” do nariz da criança, procurar imediatamente orientação médica. O tratamento, medicamentos ou cirúrgico, vai depender do fator que provoca a respiração bucal.


Serviço

Fonoaudióloga Dra. Maryene Tenório.

Clínica de Reabilitação Corpo em Terapia.

Rua Henrique Dias, 133, Boa Vista, Recife- PE.

Fone: (081) 3423.4637.





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