Medidas simples podem ser utilizadas para evitar problemas vocais
Leila Freitas
Os profissionais que mais dependem da voz são professores, radialistas, atores, cantores, advogados e operadores de telemarketing, entre outros. Dentre esses, os docentes são os mais propensos a apresentar problemas vocais, seja pela sobrecarga imposta ao aparelho fonador, seja pelo mal uso deste. Segundo pesquisa realizada pela Universidade de Brasília, eles possuem 14,8 vezes mais chances de serem acometidos por problemas em seu principal instrumento de trabalho, a voz. “Quem tem propensão a problemas da voz e quem a utiliza como instrumento de trabalho precisa ter cuidado com ela”, aconselha a fonoaudióloga Leila Freitas, especialista em voz pela UFPE e com 20 anos de experiência no assunto.
Pesquisas indicam também que os calos vocais atingem mais as mulheres entre 20 e 50anos, principalmente professores, cantores e atores amadores, além de pessoas que gostam de falar muito e alto. As precauções médicas para se evitar os calos vocais são: gritar menos em sala de aula, beber pelo menos três litros de água durante o dia, não fumar, pois irrita a garganta e a mucosa das cordas vocais, e controlar alergias e problemas gástricos. Fora professores, advogados, jornalistas e políticos, profissionais que usam a voz também devem procurar orientação técnica ou aprender técnicas de aquecimento vocal, respiração e impostação.
Além do auxílio profissional, outras medidas podem ser tomadas para quem deseja evitar problemas na voz. Por exemplo, deve-se evitar a ingestão de líquidos demasiadamente quentes ou gelados e de bebidas alcoólicas; não gritar ou sussurrar e manter distância do cigarro. Também é importante manter o corpo bem hidratado (seis a oito copos diários de água), zelar pelas horas de sono, usar roupas confortáveis e poupar a voz quando em crises alérgicas, estados gripais e períodos pré-menstruais. Um aliado para a voz é a maçã. Como tem poder adstringente, ela limpa boca e faringe e, ao ser mastigada, auxilia no movimento articulatório. E, ao contrário do que receita a sabedoria popular, sprays e pastilhas devem ser evitados, uma vez que somente mascaram o problema.
Os males mais comuns que atingem a voz? Rouquidão, cansaço ao falar, laringite, pólipos (tumores benignos) e câncer de laringe – o Brasil ocupa o segundo lugar em número de casos no mundo. “O que determina o aparecimento e a gravidade desses males, no entanto, depende da demanda vocal da pessoa, problemas digestivos e mesmo de fatores individuais, como baixa imunidade e nível de estresse, entre outros”, destaca Leila Freitas.
Serviço:
Fonoudióloga
Leila Freitas
Fones: (81) 3427.5987 e 3426.2892
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